No último dia 1º, eu participei da 18ª edição do Encontro Acadêmico de Publicidade e Propaganda, o EPPA, em Joinville. Ele é considerado o maior evento da categoria no norte catarinense e, todos os anos, reúne dezenas de palestrantes, profissionais da área e fornecedores para falar sobre publicidade e propaganda em seus mais diferentes níveis e formatos.
Apesar de ter feito faculdade na instituição que promove o evento, essa foi a primeira vez que eu participei e posso dizer com todas as letras que me arrependi de nunca ter ido antes. Organizado pelos alunos do último ano do curso de Publicidade e Propaganda, o EPPA traz profissionais atuantes no mercado para falar sobre suas carreiras, promover debates sobre as tendências de mercado e principalmente gerar insights sobre assuntos que nem sempre são pauta no nosso dia a dia. Resumidamente, são quase 12 horas de muito aprendizado e cabeças explodindo de ideias!
Na 18ª edição, tive a oportunidade de conhecer (e de ouvir) pessoas como a Nathália Rodrigues (mais conhecida como Nath Finanças), o Vinicius Gambeta (criador da Agência de Bolso), o Thiago Ghougassian (Coordenador de Conteúdo do O Boticário) e muitos outros profissionais renomados que trabalham (ou já trabalharam) com grandes empresas nacionais e internacionais.
Dos diversos insights e ensinamentos que tive, separei os que mais me impactaram para apresentar por aqui. Espero que eles sejam úteis para o seu trabalho, assim como têm sido para o meu aqui na MAVERICK. Confira a seguir!
Sua primeira ideia sempre será ruim
O Vinicius Gambeta, mais conhecido como “Vini da Agência”, trouxe uma palestra super divertida sobre processos criativos. Eu adoro o trabalho dele na Agência de Bolso e sempre que entro por lá eu me pergunto: “como ele consegue pensar em conteúdos tão criativos?”. De acordo com ele, a criatividade é o ponto mais distante possível do senso comum. Sempre que você precisar criar uma campanha é importante ter em mente que as primeiras ideias sempre serão ruins pois estão baseadas no que todo mundo pensaria para aquele objetivo. Um exemplo muito bacana que ele trouxe para a palestra foi a campanha de doação de sangue do Esporte Clube Vitória que fez uma ação ousada ao tirar o vermelho do uniforme dos jogadores, representando o vazio dos bancos de sangue do hemocentro da cidade. Conforme os torcedores registravam suas doações, o vermelho ia voltando gradativamente para a camiseta, até ficar completo, indicando que a meta foi batida. Provavelmente esta não foi a primeira ideia do time de marketing do clube, antes dela vieram muitas outras baseadas em campanhas que já aconteceram em outros momentos. A virada de chave foi justamente o afastamento do senso comum. Para isso, de acordo com Vinicius, é necessário limitar as possibilidades e colidir ideias com as pessoas que trabalham com você. Só assim é possível chegar a algo criativo, distante do senso comum e que gere algum tipo de desejo no público final. Ainda usando a campanha do Vitória como exemplo, o desejo dos torcedores era ver a cor vermelha - característica principal do time - voltar para a camisa, e foi isso que fez com que eles tivessem vontade de se engajar na ação.
Quando você se muda para o lugar do outro, o lugar do outro muda você
O Ricardo Mercer, diretor de criação da Candy Shop, também trouxe uma palestra voltada para o tema “como ter boas ideias”, mas, de todos os insights gerados, o que mais me marcou foi o de que “as ideias podem vir de um olhar consciente sobre o mundo e empático sobre a vida das pessoas”. Isso significa que precisamos entender como as coisas e as pessoas funcionam e viver suas experiências com intensidade para, então, transformar tudo isso em uma ideia. Esse conceito vale para qualquer tipo de estratégia publicitária. Ao compreender o sentimento humano, podemos criar campanhas que emocionam, que fazem rir, que geram desespero, medo, felicidade, esperança… Um exemplo trazido pelo Ricardo foi um comercial do KFC que mostra, de maneira bastante emocionante, que a “fome de KFC” acompanha as pessoas ao longo de toda a vida, podendo estar presente nas suas conquistas, nos dias difíceis e até mesmo após um longo dia de brincadeiras quando ainda somos crianças. Ao desenvolver uma peça publicitária como esta, os profissionais sabem exatamente a mensagem que querem passar e os sentimentos que querem provocar, e isso só é possível quando você se coloca no lugar do espectador.
O mundo é movido pelas perguntas pois haverá movimento para encontrar as respostas
A palestra do Lucas Antunes, escritor e consultor de vendas, gerou inúmeros insights sobre o que é ser um bom vendedor e o que é necessário para se tornar um. Entre as dicas que ele trouxe, destaco a necessidade de estar sempre preparado para todos os questionamentos do cliente, o que é possível não só por meio da experiência, mas também do estudo e da busca por conhecimento. Ter um método próprio e saber utilizar os canais certos é outra ótima maneira de atingir objetivos e metas. O Lucas também falou sobre a máxima de ouvir mais e falar menos, um conceito bastante importante para quem trabalha com vendas de maneira geral. Além disso, saber fazer as perguntas certas e ter vontade de buscar respostas é essencial para quem deseja conquistar clientes e aumentar taxas de conversão.
Os maiores criativos não são publicitários ou profissionais da comunicação, são seres humanos
Por último, mas não menos importante, o Thiago Ghougassian trouxe uma palestra repleta de insights sobre humanização de marcas em tempos de inteligência artificial. Para ele, “antes de ‘jurídicas’, empresas são pessoas e pessoas se conectam com pessoas”. Por esse motivo, se uma marca deseja atingir um público que a defenda (além de consumi-la), é necessário criar vínculos e conexões emocionais. Nesse sentido, o Thiago trouxe algumas dicas bem legais. Entre elas, destaco as que julgo mais importantes: 1) ter transparência e humildade; 2) acreditar e investir na criação de conteúdo; 3) levar a sério o impacto social e a diversidade; 4) aproveitar oportunidades e tendências; 5) criar memórias por meio de experiência. Para esta última, o Thiago apresentou como exemplo a campanha da Dermodex intitulada “O Álbum Nunca Fotografado”. Nesta peça publicitária, a empresa selecionou famílias com crianças que foram adotadas tardiamente e, com a ajuda de um artista, criou fotos de quando elas ainda eram bebês. O objetivo era presentear as famílias com imagens que não poderiam ser registradas, já que os filhos foram adotados após a primeira infância. O resultado é emocionante, tanto para quem ganhou o presente quanto para quem assiste o vídeo.
Espero que, assim como foi comigo, esses insights também ajudem você ou a sua equipe a buscar alternativas cada vez mais assertivas dentro da publicidade e da comunicação. Mas se precisar de uma ajudinha, entre em contato com a MAVERICK 360! Por aqui, estamos constantemente buscando conhecimento e novas tendências de mercado para agregar aos trabalhos desenvolvidos para os nossos clientes!
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