Não restam dúvidas de que este será um ano intenso (e tenso!). Além de ainda vivermos uma pandemia e da iminência de uma nova guerra mundial, nosso cenário interno não é dos mais animadores. E, ainda por cima, teremos eleições.
2018 foi o ano das fake news e 2022 segue no mesmo caminho. Com um agravante: a tecnologia e recursos gráficos cada vez mais avançados e a certeza de que não podemos mais confiar nem mesmo em vídeos - tudo pode ser modificado e parecer ser o que não é. É isso mesmo: a manipulação digital não atinge mais apenas imagens estáticas.
Hoje, já é possível fazer vídeos inteiros com inteligência artificial (IA), o que permite utilizar as vozes e expressões faciais para criar novos conteúdos ou, então, substituir rostos e vozes no material original. São os chamados deepfakes, conceituados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como conteúdos tecnológicos que fazem uso de IA para desenvolver produtos audiovisuais falsos que parecem verdadeiros.
O termo tem sua origem na junção de “deep learning” (aprendizado profundo, em tradução livre) e “fake” (falso) e a técnica, originalmente desenvolvida para produções cinematográficas de Hollywood, lança mão da inteligência artificial para coletar dados sobre expressões e movimentos físicos que, por sua vez, são processados em uma rede gerativa antagônica (GAN) para criar um vídeo extremamente realista - mas que, no fim, é completamente falso.
Você pode pensar: “ah, mas é fácil reconhecer um conteúdo manipulado ou perceber quando uma imagem foi alterada digitalmente”. Talvez, alguns anos atrás, sim. Mas com o avanço da tecnologia e da hiper-realidade, essa tarefa está cada vez mais difícil, sobretudo para as pessoas que não têm o olhar treinado para essa questão. Ou seja: a maioria de nós.
Segundo estudo da Kaspersky - empresa global de cibersegurança -, 66% dos brasileiros não sabem o que é um deepfake. E, entre os que sabem, 7 em cada 10 não saberiam reconhecer um vídeo com este nível de manipulação digital. E vai chegar um momento em que não será possível identificar um deepfake a olho nu. Precisaremos de programas de segurança virtual e algoritmos de detecção cada vez mais apurados.
E aí nós voltamos para o assunto inicial: já pensou no estrago que tudo isso pode causar às nossas eleições? De acordo com dados de outro estudo da Kaspersky, menos da metade (42%) dos brasileiros questiona o que lê ou assiste na internet. Isso tudo aliado a manipulações cada vez mais bem feitas é, sem dúvida, a receita para um grande problema de desinformação. E essa é uma preocupação e um alerta cada vez mais frequentes. O jornalista mineiro e deepfaker Bruno Sartori, ficou famoso na internet brasileira em 2019, após um dos seus vídeos viralizar. Desde então, ele utiliza o humor para fazer sátiras com políticos e celebridades e aproveita a visibilidade justamente para alertar sobre o perigo da manipulação digital para o processo eleitoral.
E a realidade é que, com a popularização e os custos cada vez menores para produzir este tipo de material, vídeos adulterados podem ser utilizados não só no âmbito político, mas também nas esferas pessoal e empresarial, para atacar, coagir, constranger e abalar a reputação de uma pessoa ou instituição. Por isso, o acesso à informação, a apuração e a checagem dos fatos são questões fundamentais e a nossa única forma de enfrentar as fake news e os conteúdos manipulados digitalmente.
E, aí, você se questiona sobre a veracidade do conteúdo que recebe? Se não, está mais do que na hora de começar.
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Fontes: https://www.kaspersky.com.br/blog/brasileiros-desconhecem-deepfake/18834/
https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/deepfake-preocupa-especialistas-que-veem-tecnologia-incipiente-no-jogo-eleitoral-do-brasil/