Quem éramos antes das redes sociais? Você já se fez essa pergunta? Nesta semana foi Dia dos Namorados e eu tenho certeza de que, assim como nas minhas, pipocaram declarações apaixonadas nas suas redes também. E aí eu comecei a pensar: o que era genuíno nisso tudo e o que era obrigação?
Sim, obrigação. Digo isso porque, nas redes, tudo tem que ser exposto. Tudo tem que ser dito. Tudo tem que ser comentado. Tudo tem que ser curtido. O formato nos demanda isso e, também, as pessoas - que esperam essa exposição. E, não, não estou aqui criticando quem postou foto com o seu par por esses dias. É só mesmo uma reflexão: a necessidade sempre existiu - somos seres sociais, afinal. Queremos mostrar quando estamos felizes. Mas não podemos negar que as redes nos impõe, também, uma obrigação à felicidade e a postar sobre tudo.
Corta para as marcas: já repararam que até quem nada tem a ver com o nicho “casais apaixonados” quer fazer promoção de Dia dos Namorados? De empresas B2B a funerária, estratégias (ou a falta delas) equivocadas rolam soltas por aí - e, claro, rendem bons memes! (Uns tempos atrás, inclusive, perguntamos por aqui: sua empresa está se comunicando bem?)
E, por falar em falta de alinhamento e estratégia, é importante trazer um ponto que, em junho, fica sempre ainda mais em alta: a comunidade LGBTQIAPN+.
Estamos em pleno Mês do Orgulho e tem muita marca querendo surfar nessa onda. Não é para menos: estamos falando de um grande mercado consumidor - o chamado “pink money”. Segundo estudo recente da Nielsen, 64% do público entrevistado classificou os produtos e as mensagens como relevantes quando recebeu publicidade direcionada com base na orientação sexual e/ou identidade de gênero.
Outro estudo do mesmo instituto, apontou que os consumidores LGBTQIAPN+ (76% deste público) são os que mais realizam compras online. Este índice cai para 70% na população em geral. De fato, não é um público que pode ser ignorado e cuja inclusão possa ser protelada. No entanto, a sua marca está preparada para, de fato ser inclusiva?
Não adianta nada fazer campanha de Mês do Orgulho e não ter equipe preparada para lidar com as diferenças e com a diversidade. Não adianta nada se dizer inclusivo e usar linguagem neutra nas redes sociais e não respeitar os nomes sociais das pessoas, suas identidades de gênero e orientações sexuais.
A inclusão e a diversidade devem começar de dentro para fora: sua equipe é diversa? Como é o ambiente de trabalho na sua empresa? Como o seu negócio lida com a diversidade entre colaboradores e quais políticas afirmativas vocês buscam adotar?
O respeito à diversidade e a inclusão precisam estar no DNA da sua empresa. Sem isso, num tempo de consumidores cada vez mais atentos e engajados socialmente, não há publicidade milagrosa que resolva.
Em tempo: para ninguém errar mais, a Revista Claudia explicou termos em desuso e, também, a importância dessa sigla. Vale a pena entender para, principalmente como marca, não cometer equívocos e nem brincadeirinhas sem graça sobre todas as letras do alfabeto. Mas, de qualquer forma, segue o resumo abaixo:
L - Lésbicas (mulheres que se relacionam com mulheres)
G - Gays (homens que se relacionam com homens)
B - Bissexuais (pessoas que se relacionam com ambos os sexos)
T - Transexuais e travestis (quem passou por transição de gênero)
Q - Queer (pessoas que transitam entre os gêneros, como as drag queens)
I - Intersexo (pessoas com qualidades e características masculinas e femininas)
A - Assexuais (quem não se sente sexualmente atraído por outros indivíduos.)
P - Pansexuais (quem se relaciona com quaisquer gêneros ou orientações sexuais)
N - Não-binário (sem gênero)
+ - O símbolo representa pessoas não-cis que não se consideram trans (ou não-binárias, ou agênero) e, também, todas as outras orientações que não são heterossexuais
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