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Dica de leitura: Os Quatro Compromissos

Eu sempre li muito, desde a infância. Hoje em dia, no entanto, eu certamente leio muito menos livros do que eu gostaria. Mas entre os poucos que li neste ano, até agora, tem um que, sem dúvida, continua reverberando dentro da minha cabeça: Os Quatro Compromissos - Um guia prático para a liberdade pessoal, de Don Miguel Ruiz. 

Ele  está ligado à filosofia tolteca. Oriundos do México, os toltecas se intitulam cientistas e artistas que se uniram para conservar a sabedoria espiritual e as práticas dos povos antigos. Sem dúvida, é um livro que precisa ser lido para ser compreendido, digerido, absorvido. Mas tentarei fazer um breve resumo aqui, explicando brevemente cada conceito.

Espelho enevoado

Os Quatro Compromissos parte de uma teoria inicial, que é a do “espelho enevoado”. Para os toltecas, cada ser vivo é um espelho que reflete luz - e quando olhamos para os outros, na verdade, enxergamos a nós mesmos, mas não nos reconhecemos nesse espelho que é o outro, pois há uma névoa que nos impede de saber quem somos. Esse nevoeiro é, na verdade, a interpretação das imagens de luz - o Sonho (ou o mundo da Ilusão) dos seres humanos. E cada um de nós somos o espelho, chamados de sonhadores. 

Sonho do planeta

O autor traz um conceito que ele chama “sonho do planeta” e explica que este é um sonhar coletivo, que inclui todas as regras da sociedade: suas crenças, religiões, culturas, formas de ser, governantes, escolas, eventos sociais, e tudo o mais.

Segundo os toltecas, nós nascemos com a capacidade de aprender a sonhar, mas os seres humanos que vieram antes da gente nos ensinaram, ainda crianças, a sonhar da forma que a sociedade sonha. Esse é o sonho exterior - que usa pais, escola e religião para nos ensinar a sonhar. Também nos ensinaram a focalizar apenas no que desejamos perceber. Isso é a nossa atenção

Utilizando a nossa atenção, aprendemos toda uma realidade - um sonho inteiro. Aprendemos a nos comportar socialmente e também aprendemos a atribuir valores (certo ou errado, bom ou mau, bonito ou feio, etc.). O sonho exterior captura a nossa atenção e nos ensina tudo - a começar pela linguagem, o principal código de entendimento entre os seres humanos. E cada palavra é um acordo que estabelecemos. Quando crianças, não escolhemos nossas crenças, apenas concordamos com o que nos foi passado sobre o sonho do planeta por intermédio de outras pessoas. 

Assim que concordamos, acreditamos. Isso é chamado de ter fé. Ter fé é acreditar incondicionalmente. Dessa forma, o sonho exterior invade o nosso interior e, com isso, cria o nosso sistema de crenças. E, dia a dia, a sociedade nos diz qual é o tipo de comportamento aceitável.

Julgamento e autopunição 

Esse sonho exterior nos ensina o que é ser um humano e, a partir dele, criamos uma concepção completa das coisas, criamos as nossas crenças e, com isso, aprendemos a julgar (a nós mesmos e aos outros). 

Nosso sistema de crenças é como um livro da lei, tudo o que está nele tende a ser uma verdade inquestionável. E existe algo na nossa mente que julga tudo e a todos. O juiz interno usa o que está escrito no livro da lei para julgar o que fazemos e o que não fazemos. Vivemos sob a tirania desse juiz, sob a tirania de nós mesmos, portanto. Assim como as legislações regulam o sonho da sociedade, o livro da lei regula o nosso sonho pessoal. Mas, se tem algoz, tem vítima. Então existe outra parte de nós que recebe os julgamentos, é a Vítima, que carrega a culpa, a vergonha, a responsabilidade.

No livro, o autor diz que não há justiça neste sonho individual, porque esse nosso julgador interno nos pune repetidamente pelo mesmo problema, pois, cada vez que relembramos algo, tornamos a nos culpar e a nos punir. Assim, somos o único animal que paga repetidamente pelo mesmo erro. E fazemos isso com as outras pessoas: a cada vez que recordamos os erros já resolvidos do passado, estamos punindo-as novamente. 

Isso acontece porque, no nosso sistema de crenças, criamos uma imagem do que seria a perfeição, de como devemos ser para que todos nos aceitem. Não sendo perfeitos, rejeitamos a nós mesmos. Sabemos que não somos quem deveríamos ser e, por isso, nos sentimos falsos, desonestos e frustrados. Julgamos igualmente os outros de acordo com a nossa imagem de perfeição e, naturalmente, ninguém corresponde às nossas expectativas. 

Quatro compromissos

A obra nos convida, então, a nos desprendermos de velhos hábitos e, de certa forma, a romper com o nosso sistema de crenças, propondo quatro compromissos para nos livrarmos das máscaras que assumimos, dos conceitos que nos impuseram e, assim, alcançarmos a liberdade pessoal. 

Segundo Don Miguel Ruiz, a grande dificuldade é, justamente, a de rompermos com os velhos hábitos e adquirirmos a consciência de que precisamos e devemos mudar.

Os quatro compromissos são:

1) Seja impecável com a sua palavra - o autor diz que as palavras têm poder e nossa felicidade vai depender de como as utilizamos conosco e com os outros. Esse é o compromisso mais importante;

2) Não leve nada para o lado pessoal - sempre que escutamos uma opinião e acreditamos nela, fazemos um compromisso que se torna parte do nosso sistema de crenças. A única coisa que pode quebrar uma crença é fazer um novo compromisso. Ao compreender isso, mudamos a forma como agimos conosco e, consequentemente, a forma como lidamos com as outras pessoas;

3) Não tire conclusões - por termos um sistema de crenças pré-definido, acabamos por presumir tudo. Assim, tiramos conclusões antecipadas sobre todas as questões. O problema disso é que quase sempre as nossas conclusões estão erradas, mas nós acreditamos nelas e as levamos para o lado pessoal; 

4) Sempre dê o melhor de si - em qualquer situação, sob qualquer circunstância, sempre dê o seu melhor, faça o seu melhor, nem mais, nem menos. A chave aqui, no entanto, é entender que o seu melhor nem sempre será o que o outro espera. 

AUTOR DO TEXTO:
Guta Bolzan
Gerente | Jornalista
Atua com comunicação há mais de 16 anos, possui vasta experiência com comunicação pública e gerenciamento de crise e já atendeu contas de relevância regional e nacional, entre as quais: Governo do Estado do Paraná, Universidade Tuiuti do Paraná, Laboratórios Frischmann Aisengart, Marel Brasil, Grupo PoliService e Grupo Ecoverdi.

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